Penso
que o termo “Representante” é muito frondoso e incompatível para designar os
“ELEITOS” para cargos na PREVI, dado que as ações que dizem desenvolver e que
desconhecemos, porque não vêm à tona, não resultam em melhorias de espécie
alguma para os associados, daí a conclusão de que a eleição é um processo
burocrático inútil e que serve apenas para satisfazer exigências da LC
108/2001, na composição e funcionamento da estrutura organizacional das EFPCs,
e sem serventia para a o Corpo Social.
Caso houvesse um boicote às eleições, como a PREVI funcionaria pela
falta de quórum? Essa medida extrema e atípica, por certo, faria desmoronar o
sistema atual e indicaria que a LC 108/2001 carece de refrescamento, porquanto
o modelo se esgotou. À alardeada administração compartilhada é para inglês ver e o Voto de Minerva é entulho da ditadura, do manda quem pode
e obedece quem tem juízo.
Com efeito, os eleitos não diferem dos políticos partidários
profissionais, nos métodos de enganar o povo, visto que após as eleições se
descolam dos problemas dos eleitores que não têm controle sobre os seus atos e
nem podem substituí-los, pois se julgam donos dos mandatos, não prestam contas,
se dizem autônomos e independentes e a sociedade que se exploda.
No âmbito da PREVI, os eleitos sabendo de antemão que entram numa
batalha perdida, devido ao odiado Voto de Minerva a favor do patrocinador,
desistem de combater o bom combate e abandonam as prometidas LUTAS das
campanhas eleitorais e debandam para o lado de vencedor (BB), aceitando de bom
grado as contradanças das cadeiras para os Conselhos de Administração das
empresas participadas pela PREVI, como forma de incrementar os seus robustos
Salários Fixos e as Remunerações Variáveis, essas últimas específicas para a
Diretoria Executiva.
Hoje,
portanto, ser Diretor Executivo eleito ou não no nosso Fundo de Pensão é melhor
que ganhar na loteria. Nós, associados, precisamos de um choque de realidade
para enxergar que temos na PREVI office-boys de luxo que não vão desempenhar
com êxito os seus mandatos, no que respeita à melhoria dos nossos
benefícios.
De onde não se deve esperar, é que não sai nada mesmo! Sequer os eleitos
deram conta de resolver a questão da fórmula proibitiva que nos veta o acesso
ao ES. Muitas vezes, nas grandes empresas, executivos do corpo técnico
funcionam como “despachantes de crédito” e agilizam a contratação dos
empréstimos e os nossos eleitos não servem nem para isso!
Sem dúvida que o fato do BB usurpar os nossos direitos e se apossar dos
nossos recursos, através de meios ardilosos e imorais como nos golpes aplicados
no passado e agora pela Resolução 26/2008, é algo revoltante, todavia, temos
que concordar que é compreensível a obediência cega dos seus indicados no
cumprimento das suas ordens. O que soaria estranho seria a desobediência desses
mandatários.
Na minha concepção, poderia ser aberta uma frente de negociação com o
patrocinador BB, capitaneada por entidades de classe, no sentido de estabelecer
um acordo ou uma trégua com o banco, da seguinte forma:
A)- Que o BB defenda os seus direitos é inevitável e fora de controle,
mas sem que seus emissários, na PREVI, obstaculizem as legítimas e justas
pretensões dos associados, a começar por dilatar o prazo e aumentar o limite do
ES (fórmula 180/180); Suspender as contribuições por prazo indeterminado e de
conceder um adiantamento de 10% sobre os benefícios PREVI a ser compensado na
próxima destinação da Reserva Especial;
B)- O colapso financeiro em que o país está afundado, sem luz no final do
túnel, terminou por agravar e tornar insustentável as dívidas dos associados,
aliado ao corte do BET e volta das contribuições que foi o golpe de
misericórdia (o tiro na nuca), de modo que se impõe uma série de medidas
saneadoras para salvar o sofrido Corpo Social da PREVI, o qual, apesar da
penúria reinante propicia substancial retribuição ao banco traduzidas em
verdadeiras fortunas de receitas devido à concentração dos recursos do Fundo de
Pensão, a custo zero, fidelidade essa, forçada ou não, é real e legítima.
QUE O BB DEFENDA SEUS DIREITOS É INEVITÁVEL...MAS SEM QUE SEUS EMISSÁRIOS, NA PREVI, OBSTACULIZEM AS LEGÍTIMAS E JUSTAS PRETENSÕES DOS ASSOCIADOS