"Para otimizar ativos, bancos tendem a se tornar mais exigentes e aumentar os juros
Os presidentes de 29 bancos centrais e autoridades supervisoras chegaram a um consenso para o acordo de Basiléia 3 e elevaram a exigência de capital dos bancos. O nível mínimo de capital total será elevado para 10,5% do total de ativos. A medida foi bem recebida, pois reduz o risco do sistema financeiro.
O acordo deverá ser ratificado no próximo encontro de cúpula do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo), em novembro, em Seul, na Coréia do Sul. Depois disso, cada um dos 27 países participantes das discussões em Basiléia, na Suíça, deverá adaptar as novas normas a seus respectivos sistemas financeiros."(site www.monitormercantil.com.br)
Além da redução de risco financeiro, adição de capital, mais exigências na concessão de créditos, os bancos devem pulverizar as aplicações optando por nichos mais seguros como os financiamentos de veículos cujas taxas não permanecerão tão baixas como agora.
O site www.outroladodanoticia.com.br do blogueiro Osvaldo Bertolino nos traz detalhes específicos do caso brasileiro onde os dez maiores bancos "perderiam" 100 bilhões de capital, e um dos mais afetados seria o BB com sua incestuosa relação com a Previ.
Eis a reprodução de parte do artigo publicado em 24.02.2012:
"Em relatório divulgado ontem, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) considerou como positivas essas mudanças. Porém, a entidade alertou para o peso que o crédito tributário tem para as instituições brasileiras, que é de 34,2% do patrimônio líquido. Nos Estados Unidos, esse ativo representa 16,3%; na Ásia, 17,3%; e na Europa, 16,6%. "Atualmente, o descasamento entre os critérios contábeis e fiscais, notadamente no que se refere à questão das perdas de crédito, gera montantes desproporcionalmente elevados de créditos tributários nos balanços", afirma o documento da entidade.
O tema deve ser alvo de sugestões ao Banco Central. O edital com a prévia das regras de Basileia 3 está aberto a comentários das instituições até maio.
"Existe um esforço para adaptar as peculiaridades do sistema bancário nacional, já que a fonte principal de créditos tributários no Brasil são diferenças temporais e não prejuízos fiscais, como em outros países", informou o Santander por meio de uma nota ao ser procurado pela reportagem para comentar o edital. Pelas projeções dos analistas, o banco deve ser um dos menos afetados pelas novas regras. Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil não comentaram até o fechamento da edição.
No caso do Banco do Brasil, outro ativo que deve ter um impacto relevante em seu balanço é o fundo de pensão dos seus funcionários, a Previ. Por isso a instituição será uma das mais afetadas por Basileia 3. Pelas novas regras, a instituição precisará retirar do capital o superávit que a fundação gera para o banco pelos planos de benefício definido, cifra de R$ 13,4 bilhões. A autoridade permitiu, porém, que fossem deduzidos os impostos que o BB deverá pagar sobre esse ganho, o que deve reduzir o abatimento a R$ 8 bilhões."
Se, pelas novas regras, o BB precisará retirar do capital o superávit da Previ, para onde irá toda esta cifra??? Responda quem puder...