A
Presidente Dillma fala em golpe, mas onde está o tal golpe, dado que se de fato
ocorrer o seu impedimento, é o seu vice e aliado Michel Temer-PMDB que assume a
Presidência da República.
Comprovadamente
cometeu ilícitos fiscais, gastou mais do podia para se reeleger, descumpriu a
Lei de Responsabilidade Fiscal, tanto que assinou de próprio punho os vários
decretos sem números para burlar a lei e se safar do crime de responsabilidade
com o aval do Congresso e, agora, para tirar o foco sobre as irregularidades
cometidas em 2014 e continuadas em 2015, vem com essa mentira deslavada de
“golpe”.
Todas
as vezes que são pegos em crimes e roubos esses Governos do Lula e da Dillma
vêm com a tese neurótica da perseguição das elites para enganar o povo mais
humilde. Mentem descaradamente e negam as falcatruas, os esquemas montados para
saquear empresas estatais importantes como a Petrobras, porém, o estranho é se
falassem a verdade e confessassem os seus vergonhosos delitos.
Não
é factível e aceitável que a Presidente Dillma que se diz zelosa e atenta a
tudo, tenha visão seletiva somente para aquilo que deseja ver e não enxergasse
o que estava acontecendo na Petrobras, sobretudo porque a compra fraudulenta e
criminosa da Refinaria de Pasadena foi por ela autorizada, negócio desastroso e
absurdo que gerou mais de US$ 1 bilhão de prejuízo para a nossa petroleira.
Quem vai restituir ao país esse desfalque bilionário?
Portanto,
a Dillma mente à Nação quando diz que não desviou recursos públicos da sua
finalidade. A verdade é que se não roubou, foi omissa e deixou a organização
criminosa roubar e quebrar a Petrobras durante o seu mandato.
Além
do bem fundamento pedido de impeachment em curso, alicerçado nas pedaladas
fiscais efetivadas em 2015, já que a Dillma não poderia ser denunciada pelas
pedaladas de 2014, mas por se tratar de crime continuado e repetido, conforme
atestou o TCU, pesa contra ela e o Temer, no TSE, grave ação impetrada pela
oposição, sobre crime de Abuso de Poder Econômico, onde a PF está investigando
o recebimento de falsas doações feitas por empreiteiros presos na operação Lava
Jato, para sua campanha eleitoral de 2014, cujo dinheiro teria vindo de
propinas da Petrobras e, portanto, consta que ganhou as eleições à custa de
dinheiro sujo e ilegal. Penso que se escapar do processo de impeachment, não
escapará do outro no TSE.
O
principal instrumento jurídico que possibilitou o descobrimento desse
emaranhado de crimes ultra bem arquitetado foi à lei da Delação Premiada, sem
ela a maioria dos roubos na Petrobras se perpetuaria.
Hoje,
depois da Lava Jato, acredito que a sensação de impunidade vai reduzir bastante
e assim que tudo for revelado (segundo o Ministro Teori o pior está por vir)
tenho a sensação de que a tendência é que caia mais ainda a segurança dos
meliantes em relação às punições.
A
prisão do senador Delcídio do Amaral no exercício do seu mandato foi uma prova
inquestionável e concreta de que o STF esta funcionando a contento e cumprindo
a sua missão institucional. Ao que tudo indica, o exemplo de retidão,
competência e diligência do Juiz Sérgio Moro irradiou positivamente para outras
esferas do Judiciário.
Por
outro lado, o vestal filho do Cerveró, ao pegar como um patinho, na armadilha,
naquela gravação, o senador Delcídio e outros, episódio em que o Lulla
classificou o Delcídio de imbecil e burro, prestou, por vias transversas, um
enorme serviço ao Brasil, eis que o senador ao citar nomes de alguns Ministros
do STF, mexeu em vespeiro ao ferir o brio dos magistrados da Alta Corte e agora
poderá pensar em fazer uma delação premiada, porquanto não conseguirá habeas
corpus do Supremo para relaxar a sua prisão preventiva (por tempo
indeterminado). Em outras palavras, podemos dizer que o Delcídio cutucou onça
com vara curta.
Parece
que os delatores perderam o medo de entregar os cabeças, os autores
intelectuais das negociatas espúrias e roubos. Os larápios roubam tanto que a
tarefa mais difícil é dissimular, dar origem e aparência de legalidade as
montanhas dinheiro sujo produto dos crimes e acabam se embaraçando nas próprias
teias.
Roubos
que pareciam perfeitos, indissolúveis, estão vindo à luz do dia pelas
confissões dos delatores, o que gera um clima de preocupação e apreensão aos
que ainda estão em liberdade, quando parceiros próximos, como o José Carlos
Bumlai (amigo particular do Lulla), o Delcídio do Amaral, o Cerveró, o João
Vaccari, etc., são levados à prisão, porque ao ver o sol nascer quadrado a
ansiedade fala mais alto e a fidelidade se esvai e surgem as nuvens negras das
delações premiadas como ameaças iminentes sobre os comparsas. Veja que a
claustrofobia já está assediando o Delcídio na pequena sala onde está
encarcerado e minando a sua resistência emocional.
Essa
tática de usar laranjas e deixar imóveis e outros bens em seus nomes nunca é
segura. Os filhos do Lulla, por exemplo, moram em apartamentos de luxo que
estão em nome de amigos do pai, sem pagar nada de aluguel, o que desperta
justas suspeitas. O maravilhoso sítio que o Lulla possui (“usa”) está em nome
dos sócios do Lulinha.
O
apartamento tríplex do Guarujá reformado graciosamente para o Lulla está em
nome da OAS-Construtora e por aí vai. Certamente a pessoa que trabalha e compra
honestamente o seu lar, é mais feliz ao dizer: “Tenho casa própria, adquirida
com o fruto do meu trabalho”.
Sinceramente
se vier à tona desdobramentos comprovando que o Lulla e a Dillma são culpados
pela mafiosa e incomensurável corrupção que se instalou no Brasil, após as suas
posses, confesso que não vou aplaudir a desgraça de ninguém, mas na minha ótica
a Dillma terá pecado mais pela omissão do que pela ação, e tudo leva a crer que
agiu dessa forma em face da gigante dívida moral que possui com o seu criador
Lulla por tê-la guindado ao cargo máximo da República, aonde a Dillma nunca
chegaria pelas suas próprias pernas, uma vez que não é “técnica e muito menos
política”. Vamos torcer sempre pelo bem do Brasil e que se puna os culpados,
doa a quem doer.
Doravante,
vou grafar os nomes da Dillma e do Lulla com dois “LLs”, logicamente por
analogia do Collor.
(João Rossi Neto - Goiânia-GO)